quinta-feira, 13 de maio de 2010

Internet: credibilidade das informações


Segundo H.L. Capron e J.A. Johnson, a história da internet “é misericordiosamente breve. A razão para que haja tão pouco a dizer é que a Internet esteve adormecida e cambaleou durante aproximadamente 20 anos sem que o público nem mesmo soubesse de sua existência. Ela foi iniciada por militares e acadêmicos anônimos como um veículo para compartilhar informações sobre projetos de pesquisas relacionados à defesa. Nunca, nem mesmo em seus mais ousados sonhos, poderia se imaginar que ela se tornaria a gigante que é atualmente.”
Estudos mostram que a internet caiu no gosto público na década de 1990 e rapidamente conquistou milhões de usuários. Através da internet é possível, hoje, que os usuários realizem compras no comércio eletrônico, se comuniquem e se relacionem utilizando as inúmeras mídias sociais existentes, baixem arquivos, façam negócios, consultas bancárias e disponham de inúmeros serviços fornecidos por empresas que, acompanhado a evolução tecnológica, trataram logo de não ficar de fora.
Verificamos com freqüência que assuntos relacionados à internet são temas das principais revistas do país. Só nas duas últimas semanas, matérias sobre o Google e cyberbulling foram destaques na revista Veja.
Na área educacional, a utilização da internet tem permitido a realização de aulas virtuais (ensino à distância), proporcionando uma verdadeira revolução no ensino.
Contudo, sendo a internet uma rede livre, que possibilita a inclusão de inúmeras informações vindas de todos os cantos do mundo, como saber se essas informações são, de fato, confiáveis, verdadeiras?
Se os jovens passam muito tempo diante do computador, certamente realizam a maior parte das pesquisas escolares (senão todas) utilizando informações colhidas na internet. Além do problema de pouca assimilação dos assuntos pesquisados, já que copiar e colar sem realizar um estudo adequado dos temas não garante assimilação ou compreensão, existe a dificuldade em saber se as informações obtidas são passíveis de crédito.
Em pesquisa realizada no campus da Etec Carapicuíba, 74% dos alunos entrevistados responderam que utilizam a internet diariamente e apenas 26% afirmaram que não fazem uso diário da internet. Desses mesmos alunos, 98% afirmaram que utilizam a internet para realizar pesquisas e 88 % disseram nem sempre confiar nas informações obtidas.
Certamente existem sites comprometidos em transmitir informações verdadeiras. É necessário que os alunos utilizem o bom senso ao realizarem pesquisas e, sempre que possível, comparem as informações obtidas com aquelas que já possuíam sobre o assunto, que lhes foram transmitidas por seus professores ou mesmo colhidas em livros, nas bibliotecas ou em outros meios de comunicação.
Impedir que as pesquisas sejam realizadas pela internet seria um retrocesso inimaginável. Cabe aos educadores exercerem seu papel na orientação dessas pesquisas e trabalhar os temas em sala de aula, evitando a cópia pela cópia.

Marcela Mendes
Professora do Ensino Profissionalizante dos Cursos Técnicos do Centro Paula Souza



Referências Bibliográficas:
- CAPRON, H.L & JOHNSON, J.A. Introdução à informática. Tradução José Carlos Barbosa dos Santos; revisão técnica Sérgio Guedes de Souza. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
- RAMOS, Ivone Marchi Lainette. Formação Pedagógica para Docentes da Educação Profissional. São Paulo: Centro Paula Souza,2007.
- VELLOSO, Fernando de Castro. Informática: Conceitos Básicos. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários anônimos e comentários que não se enquadram no contexto do blog serão recusados pelo moderador. Informe seu nome e sua turma ou use os registros disponíveis para identificar-se.