sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Inteligência Emocional

            Quando as pessoas que viviam na antiga Grécia buscavam respostas para tudo e os sofistas argumentavam que o homem é a medida de tudo, Sócrates disse: “conheça a ti mesmo”. Se as pessoas tivessem prestado a atenção neste pensamento proferido há 2500 anos, provavelmente muitas das dificuldades que os homens vêm sentindo nos dias atuais não existiriam. Problemas como stress, medo, doenças e outros males, não estariam assolando a sociedade e acabando com as pessoas.

            De acordo com o pensamento do filosofo grego, de pouco adianta ao homem conhecer todas as coisas se não conhecer a si mesmo. Atualmente, para se preparar para uma entrevista de emprego, por exemplo, um candidato é obrigado a antecipar as perguntas do entrevistador. Ele precisa imaginar quais as perguntas que a pessoa fará durante o processo seletivo. Precisa compreender todas as funções e as atividades que estão relacionados ao emprego.

 Precisa ter o domínio de um ou dois idiomas além do seu e se possível estar apto a responder sobre os problemas do mercado e da economia externa. Na verdade, o que o entrevistador espera do aspirante é que ele seja bem informado e conhecedor de vários assuntos. Seja relacionado ao cargo ou não. Contudo, a última coisa que esperam do candidato é que ele conheça a si mesmo.

Profissionais de recursos humanos já vêm argumentando que os profissionais que almejam o sucesso para suas carreiras, precisam conhecer os seus pontos fortes e relacioná-los em atividades onde terão oportunidades de explorá-los ao máximo. Ao mesmo tempo, é preciso minimizar as dificuldades.

Do mesmo modo que a afirmação de Sócrates orienta que a verdadeira sabedoria está em conhecer a si mesmo, a verdadeira força está em controlar os impulsos. De acordo com Daniel Goleman, formulador da “Inteligência Emocional”, pessoas que detém o autoconhecimento e é capaz de controlar seus ímpetos e emoções, têm mais chances de obter êxito em determinadas atividades.

Um exemplo citado pelo autor foi um grupo de crianças que receberam um pedaço de bolo. De acordo com o psicólogo norte-americano, estas crianças foram submetidas a um teste. Cada criança recebeu um bolinho de chocolate e foram avisadas que poderiam comer o alimento. Porém aqueles que esperassem até a volta da professora, ganhariam mais um pedaço.

O teste foi filmado e pesquisadores acompanharam em outro recinto. Algumas crianças ingeriram o bolo logo que a orientadora saiu do local. Outras esperaram. Estas começaram a fingir que não percebiam a presença do bolinho ou dançavam e brincavam ao lado para controlar a ansiedade. Aquelas que souberam esperar foram recompensadas conforme o prometido.

O estudo foi retomado anos mais tarde e os estudiosos queriam saber como aquelas crianças encontravam-se na fase da adolescência. Aquelas crianças que comeram o bolinho de imediato, apresentavam dificuldades de aprendizagem na escola, já haviam repetido de séries escolares e demonstravam problemas de relacionamento.

Do mesmo modo, as que souberam esperar pelo segundo bolinho, tiravam boas notas, relacionavam-se bem com os colegas e os professores e eram elogiadas pelo comportamento. Este estudo comprovou que as inteligências humanas vão além daquelas que permeou a mente dos estudiosos do Século XX: o quociente de inteligência (QI).

No Século passado, a inteligência do homem era medida apenas pela inteligência “lógico-matemática” enquanto outras habilidades que são importantes nas áreas gerenciais, artísticas, da educação e das relações humanas entre outras eram deixadas de lado. A capacidade que uma pessoa tem de compreender a si mesmo e controlar suas emoções pode acarretar em uma série de ganhos.

Constantemente, as emissoras de televisão noticiam histórias de pessoas comuns, muitas vezes sem um vínculo de trabalho formal, que adquirem imóveis próprios e vivem com certa tranqüilidade financeira. Por outro lado, existem aquelas com diploma de nível superior e estão bem empregadas, mas não conseguem sair do aluguel.

Em épocas onde as propagandas na televisão e na internet são acirradas e a facilidade da concessão de crédito é uma realidade, desenvolver a inteligência emocional é fundamental para aqueles que desejam uma vida autônoma e independente. Já para aqueles que pretendem construir uma carreira solida, é a garantia de ter uma vida de grandes realizações.


Equipe Missão e Valores

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários anônimos e comentários que não se enquadram no contexto do blog serão recusados pelo moderador. Informe seu nome e sua turma ou use os registros disponíveis para identificar-se.